06/06/2012

Mihi est propositum

Apercebo-me agora que as minhas figuras tutelares, os meus hegemones, os meus genii, todos dizem a mesma coisa. Deles apenas o Nietzsche e o Platão, malgrado o nosso querido Pico, aparentam manter-se desviados da verdade, coincidentes e reincidentes naquela heresia que é, como diria o Eliot, necessária para manter fresca e atenta aquilo que a orthodoxia defende. Não são menos amados por isso, apenas mais suspeitos, e talvez por isso mais preciosos. Todos os outros, eleitos e escolhidos a dedo, testados a fogo, orientam-me, guiam-me pela mesma estrada, para o mesmo destinho. Partimos do mesmo princípio e precipitamo-nos para e com o mesmo fim. Pelo caminho conversamos em grego.


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