Juliano em Nicomédia*
Disparates
arriscados
Os elogios
aos ideais gregos,
Os ritos e
visitas aos templos
pagãos, o
enthusiasmo pelos deuses antigos.
As conversas
constantes com Khrysânthio.
As teorias do
— de facto brilhante — philósopho Máximo.
E o resultado
é este. Gallo anda substancialmente
preocupado. Konstantino suspeita de alguma coisa.
Eh, de facto
os conselheiros não devem muito à inteligência.
Esta história
— diz Mardónio — já dura há tempo de mais.
E chegou a
altura de acabar de vez com estes rumores.
Juliano regressa como Leitor
à Igreja de
Nicomédia,
onde põe a
uso a sua voz soante para com devoção
cuidada se
devotar às Sacras Escripturas,
e o povo
espanta-se com a sua piedade christã.
C. P. Kafavis. Juliano em Nicomédia. Tradução minha.
* Juliano, dito o Apóstata, foi o último imperador pagão, ilegalizou o christianismo que antes dele tinha sido transformado na religião oficial e obrigatória do Império. A sua visão do paganismo, neo-platónica e mystérica, não durou mais que dois anos, o tempo do seu breve reinado. O poema refere-se aos anos em que, antes de se tornar imperador, Juliano finge devoção pela religião christã para escapar a possíveis tentativas de afastamento e de assassinato por parte dos anteriores imperadores. [Nota minha.]
Ἄστοχα
πράγματα καὶ κινδυνώδη.
Οἱ
ἔπαινοι γιὰ τῶν Ἑλλήνων τὰ ἰδεώδη.
Ἡ
θεουργίες κ' ἡ ἐπισκέψεις στοὺς ναοὺς
τῶν
ἐθνιῶν. Οἱ ἐνθυσιασμοὶ γιὰ τοὺς ἀρχαίους θεούς.
Μὲ
τὸν Χρυσάθιον ἡ συχνὲς συνομιλίες.
Τοῦ
φιλοσόφου — τοῦ ἄλλωστε δεινοῦ — Μαξίμου ἡ θεωρίες.
Καὶ
νὰ τὸ ἀποτέλεσμα. Ὁ Γάλλος δείχνει ἀνησυχία
μεγάλην.
Ὁ Κωνστάντιος ἔχει κάποιαν ὑποψία.
Ἂ οἱ
συμβουλεύσαντες δὲν ἦσαν διόλου συνετοί.
Παρέγινε
— λέγει ὁ Μαρδόνιος — ἡ ἱστορία αὐτή,
καὶ
πρέπει ἐξ ἅπαντος νὰ παύσει ὁ θόρυβός της. —
Ὁ
Ἰουλιανὸς πηγαίνει πάλιν ἀναγνώστης
στὴν
ἐκκλησία τῆς Νικομηδείας,
ὅπου
μεγαλοφώνως καὶ μετ' εὐλαβείας
πολλῆς
τὲς ἱερὲς Γραφὲς διαβάζει,
καὶ
τὴν χριστιανική του εὐσέβεια ὁ λαὸς θαυμάζει.
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