14/07/2012

Paul Klee

Para mim
é como se fosses do meu próprio sangue,
de tanto que te amo.
Desta vez sinto
o deus forte a meu lado.

Quero fazer-lhe,
ao curvar-me perante a sua lei,
um sacrifício.

Quero possuir-te,
mesmo que isso seja a tua
destruição e a minha.

O meu deus faz grandes feitos por mim.
Ele vigia-me no caminho da lei.

Amo-te como a mulher
que veio ter comigo,
comigo que medito nas trevas
com a candeia amiga.

Paul Klee. Poesie. Abscondita (2000) [1901]
Aqui, tradução minha.



Mir ist,
Du wärst mein eigen Blut,
so lieb' ich Dich.
Diesmal fühle ich
den starken Gott mit mir.

Ein Opfer will ich,
seinem Gesetz mich beugend,
ihm bringen.

Dich besitzen will ich,
und wär's Dein
und mein Verderben.

Mein Gott tut Großes an mir.
Er sieht mich auf der Bahn des Gesetzes.

Ich liebe Dich als das Weib,
das zu mir kam,
zu dem im Dunkeln Brütenden,
mit der freundlichen Lampe.

Sem comentários:

Enviar um comentário