14/03/2016

oração de Irene de Athenas à Theotokos // um poema

imperadores, imperadores sem fim
imperadores sob o eterno império
do teu radiante olhar,
Senhora. e eu a ashik
da legenda do teu santo nome.
trovo-te na luz
e no sangue dos meus.
do branco dos seus olhos pinto
os teus olhos.
da sua íris as tuas santas vestes.
do sangue a imperial tua púrpura.
elevo-te não sem pavor,
mãos que elevaram e choraram um filho
a uma que elevaste e choraste o teu filho.
nenhum do ouro senão às mães, às mães.
as mães crucificadas em tronos.
as mães crucificadas em tronos
endurecem em sincronia com o ouro das paredes,
Senhora, eu, a paz que não olha à paz
mas à fé segura e firme
ditada e assegurada pelos padres,
a mosaica e romana fé
de que cada um dos teus cabelos
foi assim, de que o teu olhar
incendiou de amor teu filho
como me incendeia a mim
e a toda a minha Romanía
de amor por ti. mais fé, mais forte
do que as muralhas de todas as Romas,
és tu a Cidade.
perco-me nas lágrimas do teu pálio.
visto-me de ti, visto-me do teu
sangue e dos meus.
nenhum do teu
ouro e do meu, Senhora,
desmancharão eles
com seu radiante olhar.

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