Tradução e leitura minhas (do original alemão) da primeira Elegia Romana do Goethe.
Saget, Steine, mir an, o! sprecht, ihr hohen Paläste!
Straßen, redet ein Wort! Genius, regst du dich nicht?
Ja, es ist Alles beseelt in deinen heiligen Mauern,
Ewige Roma; nur mir schweiget noch Alles so still.
O! wer flüstert mir zu, an welchem Fenster erblick' ich
Einst das holde Geschöpf, das mich versengend erquickt?
Ahn' ich die Wege noch nicht, durch die ich immer und immer,
Zu ihr und von ihr zu gehn, opfre die köstliche Zeit?
Noch Betracht' ich Kirch' und Palast, Ruinen und Säulen,
Wie ein bedächtiger Mann schclich die Reise benutzt.
Doch bald ist es vorbei; dann wird ein einziger Tempel,
Amors Tempel nur sein, der den Geweihten empfängt.
Eine Welt zwar bist du, o rom; doch ohne die Liebe
Wäre die Welt nicht die Welt, wäre denn Rom auch nicht Rom.
Pedras, falem comigo. Digam algo, altos Palácios.
Ruas, uma palavra que seja. Génio, então não acordas?
Sim, tudo tem vida nas tuas santas muralhas,
Roma Eterna; é só para mim que tudo se torna silêncio.
E quem me revelará o nome, a janela onde pela primeira vez
Vislumbrarei a doce criatura que me arde e restaura?
Inacreditável, ainda não acertei nos caminhos por onde vagueio
E dela me achego e me afasto, e deito o meu tempo a perder.
Visito igrejas, palácios, ruínas, colunas,
Como convém a um turista que bem aproveita a viagem.
Mas isso não durará. Só me interessa um único templo,
O Templo de Amor; só nele prestarei o meu culto.
Que és todo um mundo não nego, ó Roma. Mas sem o Amor
Como poderia o mundo ser mundo? Como poderia Roma ser Roma?
Foto: Eliott Erwitt. Roma (1996)
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