06/02/2018

hino a Ninḫursaĝ 𒀭, senhora da montanha santa

Ó Templo de Kish 𒀭,
Às fronteiras do deserto,
És leões alados,
És touros brancos que as encaram.
As tuas asas abarcam os meus olhos,
E eu entorno os meus dedos de grão
No teu altar molhado a sangue santo.
Herói, pastor de montanhas,
Emparedas os lábios
De quem não te louvaria.
E a quem te louva,
A esse concedes repastos de pensamentos agitados.
O Santo Tigre e o Santo Eufrates,
As mangas da túnica que Enlil teceu
Quando em transe espasmava o teu grandor,
Nadei e libei e deles bebi.
O teu punhal manchado, que tantos bois perfeitos degolou, 
Que fez jorrar de mim o meu sono e a minha vigília,
Banhou para a ceifa as cidades santas de Nippur e de Eridu.
E quem há que não se alegre,
Se governa os céus em poder a sacerdote de Eridu 𒀭?


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